Quando "perder" é ganhar...


        Nossa reflexão de hoje parece um tanto contraditória, pois quem perde para ganhar?
       O primeiro aspecto que quero destacar possui total relação com a vontade soberana de Deus, vontade esta: BOA, PERFEITA e AGRADÁVEL (Romanos 12:2). Compreender a vontade de Deus como BOA em meio à contrariedade da nossa vontade, vislumbrar a PERFEIÇÃO da Sua vontade em meio ao confronto com nossos ideais e a tê-la como AGRADÁVEL mesmo quando de nós restam apenas lágrimas, é um exercício de dependência, abnegação, confiança e fé acima de todas as circunstâncias!
        Quantas vezes, quando tudo sai conforme queremos, expressamos: Deus é bom! 
        Mas e quando as coisas não saem conforme nosso querer? Deus deixou de ser bom?
         JAMAIS!!!
     Em muitos momentos de adversidades Deus está nos moldando, nos ensinando aspectos importantes para nosso caráter forjado conforme Cristo! E ainda mais: nos impulsionando através das adversidades para o Seu propósito em nossas vidas!

Vamos ler o livro de Josué, capítulo 1, dos versículos 1 ao 9:

"E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo:
Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.
Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés.
Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo.
Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei.
Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.
Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.
Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.
Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares."Josué 1:1-9


         Moisés sai de cena para que Josué seja levantado para o cumprimento do grande PROPÓSITO de Deus em sua vida. Perder a referência do servo e do homem temente a Deus, do líder, deve ter causado um turbilhão de sentimentos em Josué. Quando lemos o encorajamento de Deus para Josué: "esforça-te e tem bom ânimo" pode expressar isto. Quantas vezes deixamos que o desânimo nos domine e nos envolva, causando em nós sentimentos negativos, e que por vezes podem nos levar a murmurações, ou declínio da fé. 

        Deus em sua soberania e conhecimento do íntimo e profundo do coração do ser humano, não apenas motiva e encoraja Josué, mas ainda faz promessas lindas: "como fui com Moisés, assim serei contigo". Imagina isso!!! Imagina o filme que passou na cabeça de Josué neste momento, ao relembrar de tudo o que Moisés havia vivenciado e compartilhado de experiências com Deus.

        Foi preciso Moisés sair de cena para Josué ser impulsionado ao propósito!

       Por esta razão, compreenda que as perdas podem sim significar o impulso de Deus rumo às suas promessas e ao grande propósito que Ele tem com você! Neste dia, apenas "esforça-te e tem bom ânimo", aquele que te prometeu é fiel para cumprir! Não desanime!


        Minha oração de hoje para nossas vidas é:

"Senhor, em meio às lutas, perdas, desafios e tantas circunstâncias que não consigo compreender, que nós não percamos o alvo de vista! Direcione cada um dos nossos passos conforme o Seu querer e Sua vontade! Nos use como seus instrumentos para proclamar o Seu Reino! Em nome de Jesus!".


Amém?


Deus abençoe sua vida


Karina T. Muehlbauer

@palavradiariaoficial

@karinamuehlbauer

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7 coisas "bobas" que te afastam de Deus

 

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    7 Coisas “Bobas” que te afastam de Deus

 Entender que nossa caminhada cristã deve ser cuidada diariamente é o primeiro passo para que você não se perca perante as ciladas diárias do inimigo. Por isso é importante saber como orar, como ler a Bíblia e em como manter a sua fé sempre firmada na rocha.

Recomendamos que você sempre tenha um bom plano de leitura bíblica para te auxiliar nos estudos da Palavra de Deus, pra quem for ler as escrituras pela primeira vez, é interessante um plano de leitura da Bíblia em 1 ano, porque você terá bastante tempo e isso melhorará bastante o seu entendimento da Palavra.

No entanto, existem 7 coisas bobas que te afastam de Deus e você pode nem perceber. Nesse artigo iremos falar um pouco sobre cada uma delas.

1. Não orar

A oração é a forma mais direta para que a gente consiga ter um acesso ao nosso pai celestial, mas muitas pessoas acabam não conseguindo desenvolver uma vida de oração.

E isso impacta diretamente na proximidade que temos com Deus. Ao orarmos colocamos a nossa vida no altar de Deus, deixamos nossas angústias e aflições, no colo daquele que resolve o impossível.

2. Não saber agradecer

Sentir gratidão, é uma das mais belas dádivas que um ser humano pode ter. E ter um coração cheio de gratidão nos torna mais parecidos com nosso Senhor Jesus.

Ao deixar a gratidão de lado, a tendência dele de ser habitado por sentimentos de soberba e egoísmo é muito alta, e esses sentimentos que nos afastam de Deus. Cuidado! Nunca deixe que se perca a gratidão a Deus e aos outros.

3. Não estar ativo na obra

A fé sem obras é morta, isso com toda a certeza você já sabe. Mas sabia que não está ativo na obra parece uma coisa simples, mas está entre as mais recorrentes 7 coisas bobas que te afastam de Deus.

Quando paramos de contribuir para a obra de Deus com nosso trabalho, abrimos uma brecha para que outros afazeres, pensamentos e sentimentos venham tomar o lugar do nosso trabalho na obra. Trabalhar para os projetos de Deus é uma das coisas mais lindas que os filhos de Deus podem vivenciar.

4. Esquecer do primeiro amor

O que fazemos quando estamos apaixonados? Priorizamos a pessoa quase sempre, não é mesmo? Assim é quando decidimos que Deus será nosso único senhor e salvador, queremos o tempo todo ouvir, ler e falar sobre ele.

Mas sem perceber, muitos de nós, deixamos esse amor cair em uma rotina, e o que antes era essencial, acabou por se tornar rotineiro, e em pouco tempo, quase nunca frequente. O primeiro amor cai no esquecimento e isso é um passo enorme para nos afastar de Deus.

Parece uma coisa boba, mas não é. Por mais atarefado que você seja, sempre há alguém ou algo que você priorize. E porque essa coisa ou pessoa é mais importante do que aquela que governa todo o mundo, e ainda assim, sempre cuida de nós?

5. Não organizar seus horários

Sabemos que o dia a dia é bastante corrido, e por isso, muitas tarefas são deixadas para depois, e acabam se perdendo no meio do caminho. E isso é um perigo para quem deseja ficar mais próximo de Deus.

A falta de tempo ou a má organização dele, faz com que somente as obrigações sejam executadas no dia a dia. Para evitar cair em uma das 7 coisas “bobas” que te afastam de Deus, é importante ter seu dia planejado.

Reserve um tempo único para dedicar ao seu relacionamento com Deus, faça dele um compromisso real. Assim você irá realmente dar a devida importância e ao invés de se afastar, você irá se aproximar cada vez mais de Deus.

6. Guardar dúvidas

A nossa mente pode acumular muitas dúvidas durante a caminhada de conhecimento cristão. E se elas não forem sanadas, pode ser um “prato cheio”, para que isso não ocorra, você deverá sempre estar em contato com seus líderes e pastores.

7. Aceitar os pequenos pecados

Esse número sete é bem perigoso, não é mesmo? Os “pecados de estimação” podem nos afastar de Deus sem que percebamos. É uma pequena mentira, é uma fofoca, um troço errado que não devolvemos... Quando nos damos conta, nossa comunhão foi afetada drasticamente.

Não permita que esses pequenos pecados tomem conta de você e abandone tudo aquilo que Deus lhe prometeu. Pecado não tem tamanho, cuide dos outros sete pontos que elencamos acima, que os pequenos e grandes pecados não farão parte de sua vida.


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Estudo da carta aos Romanos - Capítulo 14 (Explicação, análise e esboço)

 

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 CARTA DE PAULO AOS ROMANOS - CAPÍTULO 14.1-23


Introdução

Os capítulos anteriores (12 e 13) mantiveram uma forte ênfase na questão do amor em relação aos outros, então, parece natural que Paulo prossiga demonstrando através de um exemplo o que significa a vida do crente em amor. Vai observar o modo de vida de cristãos em Roma; uns eram mais amadurecidos na fé (fortes), mas outros, ainda não tinham sua fé consolidada (fracos), e por isso corriam riscos de serem ou se escandalizarem pelas atitudes daqueles. Paulo não está levantando questões em torno de caráter, e sim da fé “quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o...” (v.1), ou seja, aceitai aquele que (ainda) é fraco na fé, mas sem repreensões, sem preocupação de debates e discussões inúteis sobre questões controversas. Paulo inicia este trecho mostrando o que é uma atitude de maturidade espiritual - acolher quem é fraco na fé, não, porém, para discutir opiniões! (ou seja, questões secundárias inúteis).

Acreditamos que o que Paulo pretende demonstrar é que ainda existem cristãos (imaturos), não por falta de temperança ou domínio próprio, mas porque estes ainda têm certas indecisões na sua vida de fé... Isso, se deve à falta de uma consciência mais madura e esclarecida, por não terem amadurecido na fé e conhecimento.

 Dica de estudo:

 Leia primeiro o capítulo 14 de Romanos na sua Bíblia; depois os textos complementares de apoio.


Análise do texto – Vers. 1–23

 (1)     Ora, quanto ao que está enfermo (fraco) na fé, recebei-o (acolham-no), não em contendas sobre dúvidas (discutir opiniões e questões secundárias não essenciais à fé). Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco (na fé), come legumes (ou vegetais). O que come (de tudo) não despreze (ou menospreze) o que não come; e o que não come, não julgue (não deve condenar) o que come; porque Deus o recebeu por seu (i.e. Deus o acolheu como ele é, com suas fraquezas e limitações). Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em  pé  ou  cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar (manter em pé; sustentar). Um faz diferença entre dia e dia (acha que existem dias mais importantes; ou mais sagrados que outros), mas outro julga (entende que são) iguais todos os dias.  Cada um  esteja inteiramente seguro em sua própria mente (tenha opinião definida; clara em sua mente). Aquele que faz caso do dia (que pensa que existem dias mais importantes; ou, um dia especial), para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come (de tudo), para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e graças a Deus. Porque nenhum de nós  vive  para  si,  e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte (independente de) que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto (para esse fim) que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu,  também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de  comparecer ante  o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor,  que  todo  o joelho se dobrará  a mim,  E toda a língua confessará (dará louvores) a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta (prestará contas) de si mesmo a Deus. (Romanos 14.1-12 – ACF)

 

Na introdução deste capítulo estabelecemos a questão levantada por Paulo desde o versículo 1 – como lidar com a questão dos mais fracos na fé? Recebendo-o, acolhendo-o. Muitos dos conflitos entre irmãos cristãos se devem a questões inúteis, sem propósito e que acabam causando angústia, tristeza, dor, etc. Paulo inicia mostrando que devem ser aceitos e acolhidos todos, ainda que sua fé não esteja plenamente consolidada e neste caso, tratam com excessos questões que para aqueles mais fortalecidos não têm tanta importância. Por outro lado, podemos ver que muitas vezes se confunde intolerância e espírito de crítica, com o amor e zelo, este sim deve ser demonstrado com atitudes de compreensão e esclarecimento para que possamos ser instrumentos do Senhor no aperfeiçoamento daqueles que estão apenas iniciando na sua caminhada de fé, ou que estão tendo dificuldades em amadurecer (Hb 5.12,13). A debilidade ou fraqueza na fé não é um pecado e sim uma clara evidência de que aquele irmão precisa ser consolidado e fortalecido no Espírito, e muitas vezes, os instrumentos para esse propósito somos todos nós (os que são mais fortes) em relação aos outros, os mais imaturos. Precisamos acolher em amor e promover a comunhão. Não pode existir desprezo por aqueles cujas atitudes demonstram a fraqueza de fé, ou seja, a imaturidade de consciência para certas questões, como o que se pode ou não comer, ou fazer, ou observar... (a comida aqui é usada como exemplo de regras e normas culturais e de higiene da época). Seja o que “come de tudo”, ou o que se preserva em certos alimentos, deve existir respeito e aceitação, principalmente nas questões que não são primordiais à salvação; essenciais à fé.

Uma outra questão que Paulo levanta, está relacionada a festas (como lua nova), ou dias sagrados, importantes ou especiais. A pergunta que deve nos orientar nestes casos: “Isto é de fato importante, glorifica a Deus, foi santificado, ordenado por Deus?” Por que precisamos indagar sobre isto? Porque muitas vezes temos a tendência de espiritualizar ou exacerbar aquilo que Deus e Sua Palavra apenas estabelecem como princípio para conduzir a vida de fé de seus filhos, e muito, tornam isso como uma doutrina ou até mandamento absoluto. A igreja havia estabelecido o primeiro dia da semana como “O Dia do Senhor”, o dia da ressurreição (Lc 24.1-9) e os discípulos passaram a reunir-se para o partir do pão neste dia (At 20.7); ofertas eram levantadas neste dia como os coríntios faziam (1 Co 16.2), então o primeiro dia, o dia do Senhor passou a ser importante na igreja do primeiro século. O detalhe é que em vez de ser uma obrigação (mandamento) como era o sábado judeu, era um dia de descanso dos afazeres e um privilégio de poderem dedicá-lo ao louvor do Senhor e comunhão dos crentes, estabelecido como um princípio na caminhada do crente (fazia parte do viver daqueles crentes) – descanso, prazer em ter um dia que significasse mais que uma ordem e sim um modo de vida do adorador. Contudo, muitos, ainda na velha prática condenavam a não observância do sábado, mas em nenhum lugar do Novo Testamento existe a ordem de guardar o sábado, nem Jesus afirmou isso. À semelhança do alimento, aquilo que é dedicado e aprovado (aceito) pelo Senhor não deve nos afastar da comunhão ainda que não atendamos para as mesmas coisas. Se Deus nos aceita como somos quem somos nós para julgar nossos irmãos sobre o que fazem ou deixam de fazer? Se Deus não os condena ou disciplina por isso, não somos nós que o devemos fazer. Afinal, nenhum de nós vive para si mesmo, por isso, em tudo devemos ser agradecidos a Deus. Somos todos do Senhor, seus servos, é Ele, o Único que tem poder para determinar o que pode ou não em nossas vidas. O Espírito Santo fará isso e podemos ver que Deus manterá na fé (no caminho) tanto um como o outro, seja um forte e o outro fraco, ambos lhe pertencem. Além disso, existe o fato que todos seremos julgados ante o Tribunal de Cristo1 e este não é para julgar ímpios e sim os crentes e suas obras. Sejam fracos ou fortes, sendo salvos, todos comparecerão para prestar contas a Deus de sua conduta na vida pessoal e no serviço ao Senhor. Percebamos que as contas serão prestadas a Deus e não uns aos outros. Não é isso que muitas vezes temos feito como igreja? Agimos sem autoridade e conhecimento e interferimos em questões que são entre nós e Deus. Precisamos orar sim uns pelos outros, apoiarmo-nos, mas nos preocuparmos mais com nossa conduta pessoal em relação a Deus e nossos irmãos, do que avaliarmos e julgarmos a deles.

 

(2)    Assim que não nos julguemos mais uns aos outros (abandonar o costume de julgar); antes seja o vosso propósito (tomem a decisão de) não pôr tropeço (obstáculo; ou estorvem) ou escândalo ao irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa (ou alimento) é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda (que pensa ou considera que é imunda ou impura); para esse é imunda (impura). Mas, se por causa da comida (daquilo que se come) se contrista (se entristece) teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas (teu irmão) por causa da tua comida aquele por quem Cristo  morreu.  Não  seja, pois, blasfemado (difamado) o vosso bem (que consideram bom); Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e  alegria  no  Espírito Santo. Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito (aprovado;)

estimado) aos homens. Sigamos (promovamos), pois, as coisas que servem (contribuem) para a paz e para a edificação (aperfeiçoamento) de uns para com os outros. Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo (puro), mas mal vai para o homem que come com escândalo (ou seja, não é bom quando alguém come algo que causa escândalo, vergonha; ou alguém vir nisso um motivo de escândalo). Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão  tropeceou se escandalizeou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova (sua consciência não pesa ou acusa). Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não  come  por  fé  (não está crendo de forma madura ainda em questões como essa); e tudo o que não é (ou não provém) de é pecado. (Romanos 14.13-23 ACF)

Com a expressão “não nos julguemos mais uns aos outros” (v.13), o apóstolo vai estabelecer neste trecho argumentação forte para que o costume de críticas, preconceitos e julgamentos, seja abandonado. Ao invés de julgamentos inúteis devemos sim ter o cuidado de não levar ninguém a tropeçar (cair), ou escandalizar-se. Primeiro falou-nos em acolher os fracos, agora estabelece que, práticas que geram dissensões e conflitos, não devem fazer parte da vida cristã, sob o risco de destruir a vida de muitos que não terão a fé consolidada suficiente para lidar com questões de desprezo, repúdio, crítica, etc. Qual a relevância da “comida” (ou algo semelhante), para que um irmão seja ofendido por isso? Entristecê-lo e até levando-o a pecar, isso sim é sério! Mas, em relação ao comer, tudo o que comemos é santificado pela oração (1Tm 4.5). Coisas secundárias à legítima devem ser colocadas nessa posição - secundária. Não estou afirmando que não existam, mas que devem ser relegadas a segundo plano para não destruírem a fé de ninguém. Um exemplo para esclarecer isso: Se alguém acha errado comer carne de porco (porque não deve ou não gosta, ou outro motivo), então, para essa pessoa é errado e pronto! Não se deve forçar ou argumentar sem propósito, senão estaremos indo contra a sua própria consciência; se para outros é lícito, muito bem, então coma, mas em tudo graças e não cause escândalo, ou seja, aquilo que é bom para vocês não se torne um motivo para maledicência. O que Paulo está demonstrando é que devemos dar mais valor aos nossos irmãos do que à carne de porco ou de cobra ou de tatu, etc., que eles comem. Quando Paulo fala de pureza ou impureza referindo-se a essas questões, são de fato as secundárias, aquelas que não interferem na qualidade moral (como por exemplo “alimentar-se” de conteúdo pornográfico, imoral), ou espiritual e delas não depende a salvação de ninguém. O apóstolo vai além asseverando a qualidade do reino de Deus que não se baseia em aparências externas e sim no amor gerado em nossos corações que produz verdadeira paz e alegria no Espírito. Paz e edificação (aperfeiçoamento) caminham juntas na vida cristã; se estamos em paz crescemos na de forma saudável e eficaz, com entendimento, sabedoria e presença do Espírito Santo. Motivos de tropeço e escândalo em nada cooperam para essa paz e edificação. Nesse sentido é muito melhor abstermo- nos de “comer carne e beber vinho” (v. 21), do que ofendermos a um irmão fazendo-o enfraquecer (perder a paz), ainda mais levando-o a cair. Às vezes, aqueles que estão fortalecidos (consciência amadurecida e esclarecidos), precisam (em amor) entender que, abrir mão de certos direitos e privilégios pelo bem de outro, é um preço pequeno a pagar por uma alma que Deus também ama como a nós mesmos. A liberdade de consciência deve existir no meio cristão, sem acusações ou julgamentos e o apóstolo mostra isso, afirmando que “seja qual a for a tua doutrina ou forma de acreditar nestas questões, guarda-a com convicção (não ostentes isso de forma desnecessária e até inútil diante dos que podem ser fracos), é assunto entre você e Deus...” (v.22). Precisamos lembrar que bem-aventurado, antes de não se condenar, é todo aquele que evita que outros tropecem e caiam. O não crer (ou não ter consciência) que algo é lícito, que não provém de fé pode ser pecado? Sim, porque aquilo que um ser humano faz sem que ele tenha plena certeza de que é lícito (ou pode fazer), para ele constitui-se pecado. Com o passar do tempo e com amor e dedicação, ele será esclarecido e sua fé fortalecida e espiritualmente ele amadurecerá, deixará de ser “menino” (1Co 3.11; 14.11; Ef 4.14; Hb 5.13).

Que todos nós possamos crescer na graça e conhecimento do Senhor (2Pe 3.18), e chegarmos a uma medida de estatura de fé sólida e consciência pura que de nada possamos ser acusados, nem por nossa consciência, nem por outros irmãos e muito menos, pelo inimigo.

 Deus vos abençoe e vos guarde...


Por Ricardo Sousa


Dicionário bibliográfico: 

1 “Tribunal de Cristo” (gr. “Bêmatos tou Christou”) – as obras dos crentes (santos salvos de todos os tempos) serão julgadas após o arrebatamento da Igreja e cada um receberá galardão (recompensa; louvor, reconhecimento) de acordo com o propósito e motivação com que serviu ao Senhor (2Co 5.10). O apóstolo Paulo mostra como será conduzida a avaliação das obras neste tribunal (1Co 3.10-15). Ainda que este não seja um momento para condenação para nenhum dos que comparecerem, precisamos ter em mente que todos nós seremos responsáveis perante nosso Senhor e será muito triste e vergonhoso, estarmos perante o Juiz Justo, não tendo nada de bom para apresentar e sermos salvos apenas pela sua misericórdia, sem direito a galardão, “salvos como que pelo fogo” (1Co 3.15).


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Deus abençoe!



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Bençãos da Obediência - (Deuteronômio 11:8-25)

 


  TEXTO BASE: 

"Guardai, pois, todos os mandamentos que eu vos ordeno hoje, para que sejais fortes, e entreis, e ocupeis a terra que passais a possuir; E para que prolongueis os dias na terra que o Senhor jurou dar a vossos pais e à sua descendência, terra que mana leite e mel.

Porque a terra que passas a possuir não é como a terra do Egito, de onde saíste, em que semeavas a tua semente, e a regavas com o teu pé, como a uma horta.
Mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas; Terra de que o Senhor teu Deus tem cuidado; os olhos do Senhor teu Deus estão sobre ela continuamente, desde o princípio até ao fim do ano.
E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao Senhor vosso Deus, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma,
Então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso mosto e o vosso azeite.
E darei erva no teu campo aos teus animais, e comerás, e fartar-te-ás.
Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles;
E a ira do Senhor se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê o seu fruto, e cedo pereçais da boa terra que o Senhor vos dá.
Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos.
E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te;
E escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas;
Para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra.
Porque se diligentemente guardardes todos estes mandamentos, que vos ordeno para os guardardes, amando ao Senhor vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos achegardes,
Também o Senhor, de diante de vós, lançará fora todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós.
Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; desde o deserto, e desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental, será o vosso termo.
Ninguém resistirá diante de vós; o Senhor vosso Deus porá sobre toda a terra, que pisardes, o vosso terror e o temor de vós, como já vos tem dito." (Deuteronômio 11:8-25)

Pense na sua vida até o dia de hoje, será que você pode dizer: "Ebenezer, até aqui me ajudou o Senhor" (1 Sm 7:12)?  Certamente o Senhor ajudou e sempre nos ajudará se formos obedientes a Ele. 

O texto acima repete conselhos, advertências e promessas que já haviam sido ensinadas ao povo de Deus e como uma segunda mensagem podemos sentir aqui um cuidado especial na guarda da Palavra de Deus o que é registrado a partir do capítulo 6 desse livro (Dt). Como em outras ocasiões, o Senhor mostra ao seu povo, solenes compromissos; a guarda e a prática desses preceitos resultariam nas bençãos do Senhor. 

É diante disso que Deus abre para nós a porta das bençãos ou das aflições. Entre os versículos 18 e 25 estão ensinamentos que, se levados a sério, trariam vitórias ao povo de Deus e certamente trarão a nós também, se os obedecermos. As bençãos vêm como resultado da nossa obediência aos ensinamentos divinos. Isto tornará pessoas abençoadas e nos fará ser bençãos para os outros ao nosso redor.

Obediência aos ensinamentos do nosso Deus, aos mandamentos por Ele dados a Moisés, o nosso Deus é maravilhoso e nos surpreende em cada mensagem da Sagrada Escritura. A leitura diária da Palavra é uma forma de sermos obedientes aos ensinamentos divinos e uma forma de termos a Palavra do Senhor gravada em nosso coração para não pecarmos contra Ele, já dizia Davi (Sl 119:11).

A obediência trás bençãos sem medidas sobre nossas vidas, devemos sempre estar atentos não só ao que a Palavra diz, mas também, estar atento ao que o Senhor quer de nós, obedecer qual a direção que Ele quer que sigamos, pode não parecer boa num primeiro olhar, mas obedecer a vontade do Nosso Deus é sempre melhor que sacrificar, a vontade do Senhor deve ser sempre Soberana em nossas vidas, para que tenhamos dias de bençãos derramadas sobre nós, não quer dizer que estamos isentos de lutas e dificuldades, o próprio Jesus nos diz que no mundo teríamos aflições (João 16:33), porém andaremos segundo a vontade do Senhor que é boa, perfeita e agradável (Rm 12:2), obedientes sendo merecedores das suas bênçãos em nossas vidas.

E olhando para trás, ainda que seja pequeno o número de nossos anos, podemos ver dias de bençãos e vitórias, mas também dias de derrotas e infelicidade, conforme andamos perto ou longe do Senhor.  É certo que o Senhor honra a sua Palavra e ela "não voltará para Ele vazia" (Is 55:11), mas realizará o que foi dito. De um lado, é a sua misericórdia derramada nas almas reverentes e humildes, pois Ele abençoa ricamente; de outro lado, é a mão pesada da tribulação: "Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo" diz o autor da carta aos Hebreus (10:31).

Que você possa conhecer e amar o Pai Celeste, aprendendo e obedecendo à sua bendita Palavra. Creia que ela será a sua companheira fiel em todas as horas, se você levar a sério os seus preciosos ensinamentos, terá as bênçãos do Senhor sobre sua vida!

A maior benção de Deus é sua própria Presença em nossa vida

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Deus abençoe!

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